LEITURAS: Karl Marx, a teoria da revolução.

Fragmento escrito por Samuel de Jesus

            O mundo nos anos 80 respirava a Guerra Fria (1947-1991) e eram os tempos onde os espíritos se encontravam em Estado de Alerta e neste tempo as esperanças de uma revolução mundial se encontravam perdidas, pois a Perestroika e a Glasnost já anunciavam o fim que veio de forma inabalável e surpreendente, era o fim do monólito soviético e a vitória do capitalismo.
      O socialismo tem como ponto de origem a publicação em 1848 de O Manifesto do Partido Comunista onde Marx declarava que um espectro ronda a Europa, o espectro do comunismo. Para ele a História é a da Luta de Classes, ou seja, a guerra entre opressores e oprimidos, assim caberia aos primeiros derrubar de forma violenta toda a ordem social existente, sobretudo a ordem burguesa.

Os comunistas (...) proclamam abertamente que seus objetivos só podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda a ordem social existente. (MARX, 2008, p. 47)


Marx considera a história em que a burguesia sobrepujou as relações feudais de produção. Acredita que foi o sistema feudal o gerador das condições para as revoluções burguesas europeias.

Vemos, pois que a própria burguesia moderna é o produto de um longo desenvolvimento, de uma série de revoluções no modo de produção e troca. Cada etapa da evolução percorrida pela burguesia era acompanhada de um progresso político correspondente. Classe oprimida pelo despotismo feudal, associação armada administrando-se a si própria na comuna; aqui a República urbana independente, ali o terceiro Estado, tributário da monarquia.... (MARX, 2008, 23).

Da mesma forma Marx acredita que a burguesia durante seu domínio de classe criou forças produtivas numerosas e colossais subjugando as forças da natureza, aplicou a química a indústria e a agricultura, impulsionou a navegação a vapor, estradas de ferro, telegrafo elétrico. Sãos essas forças que impulsionaram o surgimento de uma revolução promovida pelos trabalhadores.


As armas que a burguesia utilizou para abater o feudalismo voltam-se hoje contra a própria burguesia. A burguesia não forjou tão somente as armas que lhe darão morte; produziu também os homens que manejarão essas armas – os operários modernos, os proletários. (MARX, 2008, p. 26)


Seu objetivo era abolir a exploração capitalista, sobretudo colocar fim aos antagonismos de classes promovidos pela burguesia.

A sociedade burguesa moderna, que brotou da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classes. Não fez senão substituir novas classes, novas condições de opressão, novas formas de luta à que existiram no passado. (MARX, 2008, p. 22)


            Para Karl Marx era a única classe capaz de irromper uma revolução que destruiria a burguesia e seu modo de produção.

De todas as classes que ora enfrentaram a burguesia só o proletariado é uma classe verdadeiramente revolucionária. As outras classes degeneram e perecem com o desenvolvimento da grande indústria; o proletariado pelo contrário, é seu produto mais autentico. (MARX, 2008, p. 29)



A expansão industrial faz aumentar o proletariado e assim à medida que aumenta adquirem maior consciência.

Se a indústria, desenvolvendo-se, não somente aumenta o número de proletariados, mas aumenta-os em massa cada vez mais consideráveis; sua força cresce e eles adquirem maior consciência dela. (MARX, 2008, p. 28)



O comunismo deverá abolir a propriedade burguesa e não a propriedade geral. Para Marx ser capitalista significa ocupar uma posição social na produção. O capital é um produto coletivo.


A Revolução Francesa, por exemplo, aboliu a propriedade feudal em proveito da propriedade burguesa. O que caracteriza o comunismo não é a abolição da propriedade geral, mas a abolição da propriedade burgues (MARX, p. 26)




Referência bibliográfica:


MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. Expressão Popular. 1a edição, 2008. 






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