O MEDO À DEMOCRACIA
Escrito por Samuel de Jesus 29.05.2016
Honesta, Dilma pode ser afastada por criminosos, (NYT). É assim que o fim do Governo Dilma Rousseff será descrito nos livros de História. Principalmente após a divulgação dos audios de conversas entre os conspiradores, o ex-senador, presidente interino do PMDB Romero Jucá, o presidente do Congresso Nacional Renan Calheiros, o ex-presidente da República José Sarney com o ex-senador Sérgio Machado. Observamos que ocorreu um pacto para a derrubada da presidenta Dilma, pois esta não retomava o controle sobre a Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato. Na qual, todos eles, estavam sendo alvo de investigações.
Honesta, Dilma pode ser afastada por criminosos, (NYT). É assim que o fim do Governo Dilma Rousseff será descrito nos livros de História. Principalmente após a divulgação dos audios de conversas entre os conspiradores, o ex-senador, presidente interino do PMDB Romero Jucá, o presidente do Congresso Nacional Renan Calheiros, o ex-presidente da República José Sarney com o ex-senador Sérgio Machado. Observamos que ocorreu um pacto para a derrubada da presidenta Dilma, pois esta não retomava o controle sobre a Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato. Na qual, todos eles, estavam sendo alvo de investigações.
As fontes para estas afirmações estão sendo reveladas e confirmam as teses do golpe civil institucional envolvendo pelo menos até agora, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e as Forças Armadas e os movimentos de rua liderados pelo Movimento Brasil Livre. Todos estes grupos estavam articulados para a derrubada do Governo Dilma Rousseff através da aprovação de um processo de impeachment. Este processo conferiria legitimidade ao processo que foi amplamente respaldado por amplos setores da mídia brasileira.
Ao contrário do que a mídia brasileira afirmou, o audio mostra a seletividade na divulgação das investigações em relação aos quadros do Partido dos Trabalhadores, pois se não fosse os audios não saberíamos que o Senador Aécio Neves, ex-candidato a Presidência da República, estava envolvido em esquemas envolvendo FURNAS. A Globo News, por exemplo, desviou o foco da notícia dizendo que corruptos viam na Operação Lava Jato uma ameaça, mas "esqueceram" de revelar que a presidenta foi retirada do poder porque não estava atrapalhando as investigações, tal como ela sempre afirmou.
Na segunda-feira, 23.05.2016, a jornalista Eliane Catanhêde e Merval Pereira afirmavam que Romero Jucá estava blefando, pois não teria tanto poder assim, ao ponto de envolver Congresso, STF e Forças Armadas. Na quarta, com a revelação de Renan Calheiros e de José Sarney essa tese dos jornalistas da Globo News, sobre o blefe de Jucá, revelaram-se frívolas. Renan e Sarney voltam a falar de senador Aécio Neves e revelam outros tantos nomes como o do deputado Pauderney Avelino, o senador Bezerra e outros.
Nas conversas entre Renan e Sarney eles comentam sobre a Ditadura do Judiciário ou a "Ditadura da Toga" apoiado pela parcialidade e a seletividade da mídia em relação à Dilma e avaliam que pretendem tomar o poder para terminar seu "trabalho", assim a saída seria a queda de Dilma para que fosse aplacada as ações do Judiciário e da mídia, conversam:
Sérgio Machado: Não teve um jurista que
se manifestasse. E a mídia tá parcial assim. Eu nunca vi uma coisa tão
parcial. Gente, eu vivi a revolução (…) Não tinha esse terror que tem
hoje, não. A ditadura da toga tá f…
José Sarney: A ditadura da Justiça está implantada, é a pior de todas!
Sérgio Machado: E eles vão querer tomar o
poder. Pra poder acabar o trabalho. (…) Faz uma ponte que eu possa, que
é melhor porque tá tudo grampeado. Tudo essas coisas. Isso é ruim.
Sérgio Machado: Só tem uma solução, presidente, é ela sair.
José Sarney: Ah! Sim.
Parece que a mídia protegeu os políticos e mirou no Governo Dilma Rousseff do PT, mas sabemos que José Serra é, no momento, o eleito pela mídia brasileira. Não devemos nos esquecer que o jornal A Folha de S. Paulo é José Serra, ministro das Relações Exteriores que gostaria de estar na cúpula do Governo Temer, mas ocupa uma posição intermediária neste governo. Estes audios tem como alvo o núcleo político do PMDB para que um caminho seja aberto para o PSDB. O próximo ato da Operação Lava Jato é a prisão do ex-presidente Lula. Se isto ocorrer, não poderá se candidatar à presidência em 2018. O PSDB observa que seu futuro político na cúpula do poder federal é improvável, pois não pode se reconfigurar eleitoralmente. Diante deste fato, monta uma articulação capaz de projetá-lo ao poder dirigente.
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