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A administração Trump: a volta ao "hard power" e ao unilateralismo

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A opinião pública internacional, os governos liberais da Alemanha e França, os senhores da troika, os movimentos LGBT, o papa Francisco, Hollywood, não acreditavam que o Sr. Trump conseguiria vencer a disputa pela presidênca dos Estados Unidos. Suas promessas foram a construção de um muro entre EUA e México, a volta das empresas estadunidenses, a restrição da entrada aos estrangeiros e o acirramento da perseguição e expulsão aos imigrantes ilegais, o fim da saúde pública, o obamacare, o fim do Estado Islamico e a aproximação de EUA e Russia. Segundo a revista CARTA CAPITAL de 22.01.2017 a Marcha das Mulheres reúne milhares contra Trump em todo o mundo. Foi uma série de manifestações em favor dos direitos das mulheres e das minorias que começou nos Estados Unidos, mas que ganhou a adesão em todo o mundo. Foram marcadas mais de 670 manifestações em 20 países, como a Austrália e a Nova Zelândia. Em Washington, personalidades como as atrizes Scarlett Johansson, Ashley Judd e Julianne Moor

CHINA DUST O caso do Tratado Transpacífico e a Diplomacia do Reinminbi

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Samuel de Jesus Doutor em Ciências Sociais pela UNESP Prof. Adjunto História da América UFMS Samueldj36@yahoo.com..br ____________________________________________________________ Resumo : o anúncio de retirada dos EUA do Tratado TransPacífico, pela administração Trump, possui implicações estratégicas, sobretudo altera a configuração política na região da Bacia do Pacífico que tinha nos Estados Unidos uma força para fazer frente ao poderio econômico e militar chinês. Tudo indica que a China ocupará o espaço deixado em aberto pelos EUA. Este artigo procura reunir informações que nos permitem pensar em alguns novos cenários em relação à esta nova configuração geopolítica e geoeconômica. __________________________________________________________ Sem este acordo, os concorrentes que não compartilham nossos valores, como a China, decretarão as regras da economia mundial... essa foi uma afirmação feita pelo ex-presidente Barack Obama ao assinalar a importância da a

O TERRORISMO VIRAL NA ERA DA INFORMAÇÃO.

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        Samuel de Jesus - setembro de 2016            A Guerra em Clausewitz torna-se um ato de força para obrigar nosso inimigo  a   fazer   a   nossa vontade  e   para   isto   recorre-se a   todos   os   meios necessários. Sobre esta premissa consideraremos a guerra cibernética que é possibilitada   pelos   avanços   tecnológicos   da   sociedade   contemporânea.   Os terroristas se  utilizam  também   das   ferramentas  tecnológicas  e   neste  caso, atualmente, podemos mencionar o chamado terrorismo viral. Esta modalidade consiste na utilização das redes sociais para  divulgação,  arregimentação e convocação de seus seguidores impelidos às ações terroristas. Desta maneira, o terrorismo e sua sofisticação tecnológica constituem-se em   um   novo   elemento   no   campo   de   observação   das   Ciências   Sociais e Políticas. Clausewitz considerou a guerra em seus três extremos.          Primeiro, o uso da força não possui qualquer limite definido. Segundo, o objetivo dev
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                                 O Coronel Esperidião Lima Albuquerque não era como todos os coronéis, dentre seus feitos era preciso destacar a derrota do Umuarama, um monstrengo que mantinha ali preso na fazenda. O coronel era um dos seres mitológicos do lugar, uma espécie de Ulisses da Odisseia.  Aos domingos ia a igreja, mas o padre não se sentia a vontade com a sua presença, pois o achava um homem que deveria ter um pacto com  o demo. O padre recusava-se ir a fazenda ver o Umuarama, era contra seus princípios religiosos. Considerava o coronel Esperidião pior que o demônio, pois conseguiu aprisionar o belzebu, mas Esperidião era um homem católico praticamente fervoroso.               Em uma tarde estava o coronel a tirar os bichos do pé e bem longe, lá no horizonte viu muita poeira, um redemoinho, então não deu muita atenção, mas perto, o redemoinho assumiu proporções assustadoras. Percebeu que o redemoinho rosnava e começou a se perguntar como poderia um
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  1. Benjamim, naquela noite, não quis tomar um trago, pois se tomasse a caninha não leria o livro que estava disposto a ler. Para que o público saiba era À Sangue Frio de Truman Capote. Quem o visse diria que era quase indigente, embora seus olhos claros denotassem certa origem burguesa. Sabia falar o inglês, o francês e o espanhol até o alemão que é muito difícil, em seu rosto podíamos ver as marcas da vida dura da rua. Era chamado Lorde Favela, pois seus costumes aristocráticos e seu português correto causavam certa estranheza naquele meio estranho, mas era muito ligeiro, tinha o dom da adaptação. Quando estava envolvido com a bandidagem era possível vê-lo andando em alguma viela com um livro numa mão e na outra uma metralhadora. E o que lia? Muitas coisas, principalmente aqueles relacionados à política e guerra. Gostava dos clássicos como A Arte da Guerra do Maquiavel e o Sun Tzu que tem o mesmo nome, também O Behemot e o Leviatã de Thomas Hobbes, entre outros.